O home office que estamos vivenciando agora, com toda família em casa, sem poder sair, sem uma preparação prévia, treinamento e com as noticias de uma pandemia como nunca vivenciamos antes, não é o normal desse modelo de trabalho.
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A exaustão mental e até física (quem aí não esta com dor nos braços e pescoço pelo home office adaptado?) que estamos submetidos são atípicas.
Empresas, ponderem isso nas pesquisas de satisfação que estão sendo feitas com os colaboradores.
Tanto para o bem como para o mal:
“Nossa todos foram muito mais produtivos, agora é todo mundo de home office pra vida toda”
Reflexão: Mas será que isso aconteceu de fato ou foi porque nesse momento todos estavam desesperados e se mataram para mostrar serviço em um momento de incerteza? No longo prazo isso até pode se manter, mas é preciso adotar novos formatos de gestão.
“Vou entregar meu escritório toda nos próximos 6 meses, não preciso mais de espaço físico para a minha empresa”
Reflexão: Isso pode já funcionar incrivelmente bem para empresas nativas do trabalho remoto, que ja começaram assim ou ja estão adaptadas a algum tempo. Mas sua empresa que mantinha 500 colaboradores no escritório, tem sistema de gestão por horário fixo de trabalho, avalia boa performance por tempo presente no escritório e a cultura da empresa está mais no espaço físico que no digital, acha mesmo que a mudança pode acontecer assim, logo após 2 meses de isolamento social e em meio a uma pandemia?
Os 100 anos de cultura fabril que temos na maioria dos escritórios até hoje, não se mudam em poucos meses.
Ponderem qualquer tipo de decisão tomada nesse momento. Adapte o que for possível para voltar ao funcionamento da melhor forma e segure as decisões que impactem médio e longo prazo, ainda precisamos observar como tudo vai se comportar, nós e a pandemia.
Fase 1: Readaptar
Estamos na fase de Readaptar, são medidas emergenciais temporárias que precisamos tomar agora e na volta pós isolamento, protocolos de limpeza, de convivência e de fluxos ( deslocamento para chegar ao edifício do escritório, trânsito dentro dos edifícios até a empresa e trânsito dentro do escritório), além de reposicionamento de áreas e pessoas no espaço da forma que ele está hoje, adaptando o que ja se tem, definindo quem continua em home office e quem volta a frequentar o escritório nesse momento.
De novo, não é momento de tomada de decisão a longo prazo, além de os ânimos (saúde mental mesmo) de todo mundo estar alterada, a gente ainda não sabe como essa pandemia vai se desenrolar, pode ser que ainda aconteçam mais isolamentos, pode ser que surjam mutações que demandem novos protocolos, pode ser que apareçam descobertas positivas, enfim, o cenário não pode ser previsto com exatidão por ninguém, por isso eu acredito que a primeira fase (que deve durar mais 3 a 6 meses) deve ser apenas tomadas medidas rápidas, fase que chamei de Readaptar.
Fase 2: Repensar
Em paralelo a isso, devemos sim ir pensando no futuro e se preparando para os novos modelos e espaços de trabalho, de educação, de tudo que virou de cabeça para baixo nessa crise e acelerou a adoção das atividades remotas pelas pessoas, todos viram que a tecnologia ja estava mais do que preparada para tudo isso, faltava só as pessoas experimentarem de forma mais ativa. E que experimentação intensiva hein?
Para essa segunda fase, que acontece em paralelo a volta do isolamento, enquanto os fluxos ainda vão se restabelecendo, chamei de Repensar.
No caso das pessoas, repensar o espaço da sua casa para um homeoffice bem estruturado e repensar formas de se auto-gerir para o trabalho remoto.
No caso das empresas, repensar as estratégias de espaços, distribuição e gestão de colaboradores:
- Quem deve adotar home office de vez e quantos dias?
- Vai ser opção do próprio colaborador ou a empresa vai definir?
- Como vai ser a estratégia com os espaços físicos, a sede passa a ser apenas um ponto de encontro e lugar de atividades definidas ou um “Coworking” corporativo que as pessoas vão quando quiserem trabalhar de lá?
- Ou usaremos outros pontos de apoio como coworkings e escritórios satélite regionais para as pessoas terem opção de espaço de trabalho mais perto de casa alem do home office? (lembrem-se, home office é um dos tipos de trabalho remoto, a beleza do remoto é a independência geográfica)
- Qual será a política de benefícios para o home office, vamos oferecer um valor para que cada um arrume seu home office? Vamos mandar um kit infra estrutura e instruções que garantam a ergonomia e bom funcionamento?
- Como serão os sistemas de gestão de pessoas, ainda por horário fixo e comunicação síncrona ou adotaremos a gestão por entregas e comunicação assíncrona? Essas mudanças precisam de treinamento ou todos ja estão acostumados?
Fase 3: Redesenhar
Há muita coisa a ser repensada, organizada e desenhada para executar quando a poeira tiver baixado. E cada empresa tem suas particularidades, tipos de negócios, culturas, organogramas, não basta adotar uma cartilha e pronto, os RHs que o digam, afinal estamos falando de pessoas, que também tem particularidades, tempos de resposta e aprendizagem distintos.
Por isso que chamei a terceira fase de Redesenhar, depois de feito todo um diagnostico das 3 frentes: espaços, distribuição e gestão, é preciso redesenhar processos, espaços físicos e digitais.
Tenho pesquisado o futuro do trabalho, principalmente sob a perspectiva dos espaços, há 15 anos, essa experimentação forçada que todos passaram acelerou um ponto de virada de impacto só visto igual há 100 anos, na segunda revolução industrial, quando surgiram os escritórios de fato.
Por isso que nasceu agora o braço de consultoria da Outoo, a Outoo ID Inteligência e Design, para ajudar empresas e pessoas nessas 3 fases de transição para a nova era do trabalho, a era do trabalho remoto e flexível e dos multi espaços de trabalho (ou anywhereoffices): Office, Home Office e os Outoffices – nome que criamos na Outoo para os espaços de trabalho fora do escritório.
Entra em contato comigo se estiver precisando desse apoio para uma ou todas as fases: fernanda@outoo.com.br ou me manda mensagem por aqui.
