Entre o que eu penso, e o que você acha que entendeu, há um abismo

Achei o texto que explica tudo que eu sempre quis nos últimos anos — e ainda não tinha conseguido escrever — de uma forma simples e clara.

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Já faz mais de 4 anos que venho olhando para todo esse movimento de transformação dos escritórios através dos espaços compartilhados, desde quando trabalhava na inteligência de mercado e marketing de uma empresa de móveis corporativos e mapeava novos mercados a serem explorados para a venda dos produtos.

Junto a isso, meu repertório de 5 anos de faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 4 anos de pós e MBA em marketing e produto, e os 10 anos de mercado corporativo trabalhando em diferentes áreas, mas sempre dedicada a entender os espaços de trabalho, consequentemente o mercado imobiliário e as mudanças nas formas que as pessoas trabalhavam.

Ou seja, quase 15 anos absorvendo informações do tema, e extra tema porque sempre fui muito curiosa e daquelas que uma pesquisa que deveria ser rápida dura infinito porque uma coisa leva a outra e eu nunca consigo parar, e esse caldeirão de informações me levou a fundar um negocio próprio que ao meu ver fazia todo sentido e achava que todo mundo iria entender de cara. Não foi isso que aconteceu.

Passei e ainda passo dificuldades para explicar porque o Outoo envolve futuro do trabalho, trabalho flexível, trabalho remoto, mercado imobiliário de quase todos segmentos (corporativo, comercial, de hospitalidade e até residencial como a Vitacon aborda muito bem), aproveitamento de espaços ociosos, RH e Facilities das empresas, mobilidade, smart city, urbanização descentralizada, desenvolvimento social e econômico para regiões fora dos eixos econômicos, economia de custos… enfim, envolve muita coisa e assumo aqui a mea-culpa da falta de habilidade (em desenvolvimento rs) em simplificar todo contexto.

Hoje o cenário está bem mais favorável do que há um ano e meio atrás quando alguns mentores de uma aceleradora que participei me faziam questionamentos do tipo:

— Mas porque a pessoa vai querer trabalhar em outro lugar que não o escritório? 

ou 

— Não faz sentido você relacionar mercado imobiliário com coworkings e espaços compartilhados”

Me sentia a louca do pedaço, porque tudo fazia tanto sentido para mim que eu nem conseguia entender como não fazia para os outros! Sofri bastante. Mas também aprendi muito nesse processo, principalmente a entender que cada um tem seu repertorio e entendimento das coisas, e cabe a você traduzir/simplificar o que você quer passar para os outros, e não apenas esperar que o mundo te entenda perfeitamente, porque não vai, poucos vão.

Nunca fez tanto sentido para mim a frase do cineasta e psicólogo Alejandro Jodorowsky: 

“Entre o que eu penso, o que quero dizer, o que digo e o que você ouve, o que você quer ouvir e o que você acha que entendeu, há um abismo” 

Sigo aprendendo, me desafiando em pequenos textos como foi para o portal Mulheres do Imobiliário (graças ao incentivo da Elisa Tawill, obrigada!) e posts nas redes sociais tentando simplificar e esclarecer a cada dia. 

E hoje me apareceu um texto quase perfeito (seria perfeito se fosse meu) que resumiu bastante coisa de uma forma muito clara que me incentivou a enfim fazer meu primeiro texto no Linkedin (queimei a largada do desafio do Matheus de Souza que estou participando), que é quase um desabafo, mas como minha meta 2020 é a de finalmente sair da toca e começar a colocar pra fora minhas ideias, pensamentos e exercitar essa concisão do meu caldeirão de pensamentos, esta aí feito de sopetão esse texto.

Obviamente não posso deixar de apresentar esse texto do Matthew Dadd direcionado ao mercado de coworkings nos Emirados Árabes, que você encontra o original AQUI, em que ele fala além de coworkings também do mercado imobiliário, o impacto social e cultural, impacto e ganhos na forma das empresas lidarem com seus espaços físicos e funcionários, olhar para a gig economy e os freelancers, enfim tudo que eu sempre tentei explicar e ele explicou com maestria na minha opinião, mas eu chego lá!

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